A verdade é essa: sou uma bagunça.
Uma bagunça pior do que a presente no meu quarto, ou no meu guarda-roupa, pois não é uma bagunça física.
Os meus sentimentos têm um nó cego impossível de desamarrar. É um cubo mágico que você mistura para jogar, mas nunca mais consegue resolver. São palavras que ficam entaladas na garganta até o último segundo. É uma doença irremediável.
A confusão faz parte da vida, mas e se a vida for a verdeira confusão, é normal?
É ser feliz quando não deveria ser feliz. Ficar triste quando não deveria ficar triste. Ajudar quando ninguém precisa de ajuda. É chorar de raiva quando deveria ser de melancolia.
Muito tempo atrás, eu tentei mudar isso. Não me inconformava com o jeito que eu era, o jeito com que eu lidava as situações; mas agora? Agora eu aceitei.
Porque a verdade é essa.
Eu sou uma bagunça.
E ninguém, nem mesmo eu, poderá mudar isso.